UPP falhou ao não evoluir no diálogo com comunidade, diz especialista

O programa entrou no "piloto automático" ao deixar de se preocupar com questões-chave, como relação com moradores
Carta Capital (Brasil)
Quinta-feira, 24 de abril, 2014

uppO sociólogo Ignacio Cano, coordenador do Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), diz que existem várias acusações de abuso de poder e mortes de moradores das favelas pacificadas e questiona o caminho que o programa está seguindo: "O projeto ficou no piloto automático nos últimos anos." Hoje o principal desafio da UPP é que a população dessas áreas perceba que a polícia está lá para proteger os moradores e não controlá-los. É conseguir que a comunidade que mora lá perceba a polícia como uma força ao seu favor e não contra.